Roubada daqui
... lentamente, ao capricho que os meus dedos desenham
no calor da minha pele...
Deixando o seu legado na minha boca,
molham-me... tentam-me...
Vagarosamente, percorrem o pescoço
e... descem...
Sinto a sua pressão nos mamilos, marcando-os...
Deixando-os...
Túmidos, altivos... qual rosa primaveril fruindo o sol
e... descem...
Castigam-me o ventre com o seu bailado leviano...
volátil...
matizando toques de girassol, como na tela de Van Gogh
e... descem...
Penetram o rio que os aguarda,
navegando suave e levemente...
Abandono-me...
Á doce tortura que possui e fustiga as minhas coxas
... clamando o tremor audaz que as escraviza
Ergo o corpo em busca desse navegar...
sinuoso, ondulante, ardente...
... formando vagas sumptuosas
... num espasmo brutal e arrebatador
... venho(me)!