26 maio 2010

Abandono-me...

Roubada daqui





... lentamente, ao capricho que os meus dedos desenham
no calor da minha pele...
Deixando o seu legado na minha boca,
molham-me... tentam-me...

Vagarosamente, percorrem o pescoço
e... descem...

Sinto a sua pressão nos mamilos, marcando-os...
Deixando-os...
Túmidos, altivos... qual rosa primaveril fruindo o sol
e... descem...

Castigam-me o ventre com o seu bailado leviano...
volátil...
matizando toques de girassol, como na tela de Van Gogh
e... descem...

Penetram o rio que os aguarda,
navegando suave e levemente...

Abandono-me...
Á doce tortura que possui e fustiga as minhas coxas
... clamando o tremor audaz que as escraviza

Ergo o corpo em busca desse navegar...
sinuoso, ondulante, ardente...
... formando vagas sumptuosas
... num espasmo brutal e arrebatador
... venho(me)!

24 maio 2010

19 maio 2010

Turns me... (III)

Roubada daqui



... on - Armani no corpo

... off - selva de pelos crescendo desenfreada e vigorosamente, pós depilação, especialmente no baixo ventre

14 maio 2010

Saberás...

Roubada daqui




o que insisto em querer fazer-te?!


Saberás...

... que envolta em sopros escarlates,
quero agarrar-te e perdida no teu sabor...
deixar-te sem ar!
Quero desorganizar-te
... desafiar-te!
Enfrentar-te num ringue aveludado, cuja vitória te escapa das mãos...

Quero ser...
profundamente...
tua...

Quero repousar os pés nos teus pés
Erguer as mãos nas tuas mãos
Prender-te o corpo em suaves balanços
e com um beijo descobrir que és meu, por inteiro...

06 maio 2010

Enlaço-te...

Roubada daqui




... e no sabor do teu abraço, perco-me na vertigem de um arrepio
O perfume que envergas na pele, embriaga-me os poros que deixas a nú

No beijo que me dás, és vento solto em tardes mornas
Arrebatador...
O teu toque tem certeza, flor delicada e voragem...

Quem serás, nessa vontade?!


Transportas no corpo, aguarelas vivas de tempos passados
Um sorriso incerto... singular, que me entregas aos poucos
Peregrino atento, que em laivos de cansaço, deposita a ordem, instalando o caos...

ÚNico...

Quero o teu olhar grande, preso em mim
Toque de algodão doce...
... em menino selvagem
Quero o profano, fragrâncias mundanas, o mel espesso em abundantes tragos
Quero impregnar os sentidos, sorver(te)... numa cadência lasciva... sedenta... ardilosa...
... veneno luxuriante...

03 maio 2010

Café com...

Roubada daqui



(IV)



Qual carrocel nos teus braços, viraste-me, encostando-me agora o peito á parede.
Elevaste-me as mãos, prendendo-as com as tuas, deixando claro onde as querias.
Obedeci-te.

Com fome, emaranhaste-me os cabelos.
Fizeste-me sentir a urgência que te sucumbia, em ondas de calor.
Suave tortura de desejo, suor e gritos mudos.


Fomos apanhados.
Risinhos mal escondidos, passaram por nós.

Desgrenhada e com o rosto sôfrego, tentei recompor-me.
Olhei para ti. Olhos nos olhos.
Na tua face a volúpia e vontade indisfarçáveis.
Ruborizei.