30 abril 2010

Café com...





(III)



Virei o rosto surpreendido na tua direcção, fulminando-te com o olhar.
Puro detonador, da resposta que me serviste com o teu.
Sem exitar, puxaste-me para ti.

Senti a tua respiração no rosto e a parede fria, nas minhas costas.
Levantaste-me nos braços, enrolando as minhas pernas na tua cintura e com a mão que tinhas livre,
puxaste-me o cabelo, beijando a pele, que encontravas no teu caminho.

Rebelde, senti-me debater nos teus braços.
Ignoraste-me.
Essa atitude foi o rastilho para o que seguiu.

Sem qualquer pudor, esqueci que não te conhecia antes.
Devolvi-te o toque e o tesão que despoletas-te nas minhas veias.
Agarrei-te com firmeza e, ainda na tua cintura ensaiei movimentos, ora vorazes, ora de falsa calmaria.
Com a minha boca, invadi a tua, roubando-te o ar que tentavas resgatar.
Com as mãos procurei-te os sentidos, perscrutando a tua pele de café com leite.

Colocaste-me no chão, encostando o teu corpo ao meu.
Suavemente prendeste-me o pescoço com as mãos, enquanto me beijavas os olhos, o rosto, a boca, o pescoço, as orelhas e sem inibições desceste as mãos, percorrendo-me firme mas calmamente.

(continua)

26 abril 2010

Café com...

Roubada daqui

(II)


Senti o teu olhar seguir-me descaradamente.
A minha roupa, movimentos, postura, riso e olhares analisados, sem vergonha.
Resolvi retorquir a provocação.
Subtilmente.

Conversamos, com algumas insinuações intencionalmente inflamadas.
Desconhecia-te por completo.

O copo ficou vazio.
O corpo em abundância de sentidos.
A mente alerta, tornou-se dengosa.

Pedi-te licença, interrompendo algo que dizias e dirigi-me ao corredor dos wc's.

De repente, senti o meu braço agarrado por trás com firmeza.

(continua)

16 abril 2010

Café com...

Roubada daqui



De volta ao grupo, de copo novamente abastecido, notei a falta de uma de nós.
Com os olhos procurei-a e vi-te.
Dançavas com ela, um qualquer ritmo de verão.
O teu corpo movendo-se, prendeu-me o olhar.
Fingi prestar atenção á conversa que se soltava, enquanto discretamente te observava.
A música terminou.
De regresso, ela apresenta-nos.

Indisfarçadamente, o nosso olhar cruza-se, retendo-se por instantes.
O que terminou em segundos, pareceu-me durar longos minutos.
O inesperado desconcertou-me.
Dirigi a minha atenção ao copo. Sorvi-o avidamente.

Na minha retina, permanece a cor da tua pele, de Africa, clara, muito clara, deixando dúvidas.


(continua)

08 abril 2010

Smooth...

Roubada daqui




... touch


Dedos que descobrem, apalpam, fogem e depois... permanecem
Dedos que bailam ao ritmo de poros nús
... ou cravam-se na urgência de um corpo palpitante

Gestos delicados ou enfáticos,
Promessa que mexe, retirando-se depois

Indisciplina que enfurece, provoca e estimula...

Continuando assim...
Dedos que se amarram, fustigam... castigam, lânguida e demoradamente...

05 abril 2010

Smart Women...

Roubada daqui


"(...) Because if smart women who know how smart they are intimidate men (and they do), and beautiful women who know how beautiful they are intimidate men (and they do), there is, logically, nothing more intimidating than a woman who is fully aware that she is both smart and beautiful. I mean, maybe a room full of tigers with machine guns! That could be scarier! Or, a smart and beautiful lady who makes jokes.
Of course, smart, beautiful, funny women intimidate other women also (...)"