Virei o rosto surpreendido na tua direcção, fulminando-te com o olhar.
Puro detonador, da resposta que me serviste com o teu.
Sem exitar, puxaste-me para ti.
Senti a tua respiração no rosto e a parede fria, nas minhas costas.
Levantaste-me nos braços, enrolando as minhas pernas na tua cintura e com a mão que tinhas livre,
puxaste-me o cabelo, beijando a pele, que encontravas no teu caminho.
Rebelde, senti-me debater nos teus braços.
Ignoraste-me.
Essa atitude foi o rastilho para o que seguiu.
Sem qualquer pudor, esqueci que não te conhecia antes.
Devolvi-te o toque e o tesão que despoletas-te nas minhas veias.
Agarrei-te com firmeza e, ainda na tua cintura ensaiei movimentos, ora vorazes, ora de falsa calmaria.
Com a minha boca, invadi a tua, roubando-te o ar que tentavas resgatar.
Com as mãos procurei-te os sentidos, perscrutando a tua pele de café com leite.
Colocaste-me no chão, encostando o teu corpo ao meu.
Suavemente prendeste-me o pescoço com as mãos, enquanto me beijavas os olhos, o rosto, a boca, o pescoço, as orelhas e sem inibições desceste as mãos, percorrendo-me firme mas calmamente.
(continua)